Na
actualidade, faz-se uma errada associação entre os princípios do ideal
feminista e a corrente mais radical deste movimento, ocorrido nos anos 70 do
século vinte. Nesta época, as feministas mais radicais encaravam o elemento
masculino como repressor e uma forma de domínio sobre as mulheres e, por isso,
tinham como modo de defesa distanciar-se do “inimigo”. Além de tudo isto, ficou
na sociedade em geral a falsa ideia de que as feministas são mulheres que
perderam deliberadamente a sua feminilidade.
Não
obstante, esta ideia precisa de ser eliminada da sociedade em geral, pois a
mulher que se assume como feminista não recusa o batôn, os saltos altos ou o
soutien mas é uma mulher que defende a luta contra o racismo, a xenofobia, a
homofobia e propõe que todos os seres humanos sejam iguais em direitos e
deveres, independentemente do seu sexo, profissão, nacionalidade, crenças
políticas ou religiosas, raça ou opção sexual.
A
mulher feminista apela ao seu direito de usufruir do seu bem-estar da forma que
entender, como ser livre que é e que deve ser julgada sem distinções. É de
ressalvar, que estas defendem que a mulher tem valor por si mesma e o seu papel
na sociedade não se cinge a ser boa mãe e esposa.
Para
concluir, o preconceito errado em relação às feministas foi originado pela
comunicação social, que reporta sobretudo os factos mais radicais deste
movimento e, muitas vezes, esta falsa ideia leva muitas mulheres a não se
assumirem como integrantes do movimento por não terem a verdadeira noção do que
isso significa, porque na realidade muitas delas concordam com o seu ideário só
que o desconhecem, e deverão procurar informar-se para, talvez um dia, se
assumirem com todo o orgulho como feministas!
Luísa
Esteves