Antes
da Revolução Industrial dos finais do século dezoito, a família tinha uma
organização bastante diferente da contemporânea, em termos de estrutura, função
ou hierarquia.
Antigamente,
os casais tinham como princípio ter muitos filhos, pois era um factor de
prestígio e consequentemente de orgulho. No lar conviviam diversas gerações, os
pais, os filhos casados e os cônjuges, os netos e os filhos solteiros. Todos
estes elementos trabalhavam para um objectivo comum, que era cuidar e aumentar
o seu património e protegerem-se em caso de necessidade como: doença, morte ou
velhice. Os momentos especiais de festa eram profundamente religiosos, e dessa
forma, se perpetuavam os rituais através das novas gerações. Neste modelo de
família as fronteiras estavam bem definidas: as mulheres estavam subordinadas
primeiro ao pai, depois ao marido e, no caso deste falecer, ao filho mais velho
e quanto aos restantes membros deveriam obedecer ao patriarca.
Já
depois da Revolução Industrial, a forma como as famílias se organizavam
alterou-se por completo. As pessoas migraram do campo para a cidade à procura
de melhores condições de vida e de emprego nas fábricas e, assim, começaram a
viver longe do local onde estavam os seus parentes. Cada indivíduo passou a
escolher o seu próprio parceiro e o controlo dos mais velhos sobre as gerações
mais novas diminuiu bastante. Além disso, nas cidades a limitação do espaço não
proporcionava a habitação conjunta de todos e colocou limites ao número de
filhos que cada casal podia ter. A esta nova organização deu-se o nome de
família conjugal ou nuclear, onde o homem sai para trabalhar e a mulher cuida
dos filhos.
Actualmente,
as famílias sofreram outras modificações, pois a mulher trabalha, as tarefas
são muito mais distribuídas, não há um elemento de submissão entre o casal, e
em termos de estrutura surgiram as famílias monoparentais em que existe apenas
um adulto e os seus filhos. Esta situação pode ser gerada por divórcio, viuvez, geração por parte de uma mulher solteira ou dificuldades financeiras.
Futuramente
a família poderá alterar-se novamente consoante a evolução da sociedade já que
é um dos seus elementos constitutivos.
Luísa Esteves
muito bom!!
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