quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ser feminista





Na actualidade, faz-se uma errada associação entre os princípios do ideal feminista e a corrente mais radical deste movimento, ocorrido nos anos 70 do século vinte. Nesta época, as feministas mais radicais encaravam o elemento masculino como repressor e uma forma de domínio sobre as mulheres e, por isso, tinham como modo de defesa distanciar-se do “inimigo”. Além de tudo isto, ficou na sociedade em geral a falsa ideia de que as feministas são mulheres que perderam deliberadamente a sua feminilidade.

Não obstante, esta ideia precisa de ser eliminada da sociedade em geral, pois a mulher que se assume como feminista não recusa o batôn, os saltos altos ou o soutien mas é uma mulher que defende a luta contra o racismo, a xenofobia, a homofobia e propõe que todos os seres humanos sejam iguais em direitos e deveres, independentemente do seu sexo, profissão, nacionalidade, crenças políticas ou religiosas, raça ou opção sexual.

A mulher feminista apela ao seu direito de usufruir do seu bem-estar da forma que entender, como ser livre que é e que deve ser julgada sem distinções. É de ressalvar, que estas defendem que a mulher tem valor por si mesma e o seu papel na sociedade não se cinge a ser boa mãe e esposa.

Para concluir, o preconceito errado em relação às feministas foi originado pela comunicação social, que reporta sobretudo os factos mais radicais deste movimento e, muitas vezes, esta falsa ideia leva muitas mulheres a não se assumirem como integrantes do movimento por não terem a verdadeira noção do que isso significa, porque na realidade muitas delas concordam com o seu ideário só que o desconhecem, e deverão procurar informar-se para, talvez um dia, se assumirem com todo o orgulho como feministas!



Luísa Esteves

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