Portugal,
como é do conhecimento geral, é um país em que grande parte da sua massa
populacional se concentra sobretudo junto ao litoral e em volta dos dois grades
centros urbanos (Porto e Lisboa). O resto do país é votado um pouco ao esquecimento,
tanto por parte do poder político, que está centralizado na capital, como por
parte das empresas que investem muito pouco nesses locais e, inclusivamente,
pela sociedade em geral que se vê obrigada a procurar melhores condições de
vida no litoral.
A
pouca população que cresce nestes sítios está isolada e envelhecida, e muitas
das típicas aldeias portuguesas encontram-se abandonadas porque as pessoas que
lá viveram já morreram, ou então, a população que resta é tão pouca que ninguém
dirá que aquela aldeia é habitada.
É,
por isso, de suma importância não nos esquecermos que as nossas aldeias estão
repletas de algumas das maiores potencialidades do nosso país, como são: a sua
gastronomia, os seus produtos típicos e de excelente qualidade, o seu artesanato,
a pronúncia cheia de particularidades e que demarca na perfeição a região de
Portugal onde estamos e a sua gente.
Do
ponto de vista sociológico, é fácil percebermos que o isolamento a que as
pessoas das aldeias estão sujeitas, molda a sua personalidade, tornando-as mais
reservadas e fechadas. Contudo, há características que as demarcam em relação a
uma pessoa que vive em grandes centros urbanos, como a simpatia, a entreajuda,
a forma como usufruem do seu tempo e como o vêm, tendo um ritmo de vida mais
lento e relaxado.
Em
suma, considero que as nossas aldeias deveriam ser mais valorizadas e
aproveitas, porque é triste que deixemos o nosso património perder-se.
Luísa
Esteves
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