quinta-feira, 11 de abril de 2013

A ruralidade





Portugal, como é do conhecimento geral, é um país em que grande parte da sua massa populacional se concentra sobretudo junto ao litoral e em volta dos dois grades centros urbanos (Porto e Lisboa). O resto do país é votado um pouco ao esquecimento, tanto por parte do poder político, que está centralizado na capital, como por parte das empresas que investem muito pouco nesses locais e, inclusivamente, pela sociedade em geral que se vê obrigada a procurar melhores condições de vida no litoral.

A pouca população que cresce nestes sítios está isolada e envelhecida, e muitas das típicas aldeias portuguesas encontram-se abandonadas porque as pessoas que lá viveram já morreram, ou então, a população que resta é tão pouca que ninguém dirá que aquela aldeia é habitada.

É, por isso, de suma importância não nos esquecermos que as nossas aldeias estão repletas de algumas das maiores potencialidades do nosso país, como são: a sua gastronomia, os seus produtos típicos e de excelente qualidade, o seu artesanato, a pronúncia cheia de particularidades e que demarca na perfeição a região de Portugal onde estamos e a sua gente.

Do ponto de vista sociológico, é fácil percebermos que o isolamento a que as pessoas das aldeias estão sujeitas, molda a sua personalidade, tornando-as mais reservadas e fechadas. Contudo, há características que as demarcam em relação a uma pessoa que vive em grandes centros urbanos, como a simpatia, a entreajuda, a forma como usufruem do seu tempo e como o vêm, tendo um ritmo de vida mais lento e relaxado.

Em suma, considero que as nossas aldeias deveriam ser mais valorizadas e aproveitas, porque é triste que deixemos o nosso património perder-se.


Luísa Esteves   

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