Assassinos Natos, de Oliver Stone, é uma comédia onde toda a trama esta à volta de duas personagens, Mickey e Mallory Knox, interpretados respetivamente por Woody Haneliam e Juliet Lewis.
Nesta sequela, ambas as personagens têm passados tenebrosos e acabam por se tornar na vida adulta assassinos impiedosos que matam as suas vítimas sem razão aparente. Ora, o visionamento deste filme leva-nos a uma questão fulcral: será que o ser humano é um produto do que vive ou mau género nasce connosco? Na minha opinião, a resposta é linear, o Homem desenvolve a sua personalidade em função do que vive, do que observa, do tipo de pessoas que se cruzam na sua vida, da sua educação, do país onde vive, dos problemas que enfrenta, da religião onde foi educado, dos seus princípios orientadores e muda o seu comportamento consoante a alteração destas variáveis.
Assassinos Natos retrata perfeitamente este facto, pois Mallory knox foi sujeita durante toda a sua vida a violações por parte do pai, crime que era encoberto pela sua mãe. Quando Mickey surge na sua casa, os dois acabam por matar os pais de Mallory libertando-a dos monstros que destruíram a sua vida e do seu irmão. No entanto, certamente que todos sabemos de exemplos de pessoas que vivendo, por exemplo, no mesmo mau ambiente familiar e num bairro degradado, uma delas se torna um ser humano orientado por bons princípios e outro um criminoso. Bom, esta é uma questão sobejamente complexa, que nos faz pensar que crescer num ambiente hostil não é justificação para qualquer ato, porque embora a nossa personalidade tenha determinadas características em função do contexto social em que estamos inseridos, o homem tem sempre o livre–arbítrio de escolher a melhor opção para si: ou perpétua o ambiente de terrorismo em que cresceu ou contribui para melhorar a vida de pessoas, que tal como ele, viveram experiencias traumáticas.
Para reforçar este argumento, dou o exemplo de pessoas que são presas e que depois de cumprirem a sua pena mudam completamente arrependendo-se de ter escolhido a opção errada e se tornam verdadeiros exemplos, até para pessoas que nunca cometeram um único delito. No meu entender, essas são pessoas inteligentes e que por alguma razão conseguiram mudar de rumo.
Mallory e Mickey Knox viveram assombrados por uma vida que deixaram que fosse previamente condenada pelos fantasmas que assombraram a sua juventude e nunca se aperceberam que só estavam a dar continuidade ao pesadelo que sofreram.
Em jeito de conclusão, penso que há traços da nossa personalidade que ficam marcados pelas nossas vivências, mas é nossa escolha dar continuação ao que vivemos ou alterar a nossa vida.
Quero ainda deixar claro que este artigo foi elaborado com base da minha opinião pessoal, mas como referi anteriormente, sou uma pessoa que sofreu varias influências na sua vida, e que por isso, vê esta questão sobre um determinado prisma, mas outra pessoa completamente diferente poderá abordá-la sobre outro ponto de vista, aqui esta a subjetividade da sociologia.
Luísa Esteves
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