domingo, 17 de fevereiro de 2013

Crise de valores





A sociedade contemporânea tem vindo a ser catalogada como a sociedade da crise de valores. De facto, o mundo alterou-se e o Homem tornou-se mais individualista e competitivo, no entanto, pessoalmente considero que o indivíduo deve seguir os seus princípios e procurar ter um olhar mais fraterno sobre os outros, missão nem sempre fácil, porque o actual sistema capitalista quase que nos obriga a encarar o próximo como um adversário a abater. Mas claramente, que a falta de valores e de carácter não deve ser atribuída apenas ao sistema que nos rege, isso seria uma cobardia, o Homem é quem faz o sistema e quem não concorda com ele deve, precisamente, respeitar os seus valores competindo mas sendo honesto.

Contudo, além do sistema capitalista também a globalização que se caracterizada pela difusão de produtos, ideias e informação, veiculada pelas grandes potências mundiais, através dos mais variados sistemas de informação, contribui para uma alteração dos valores da sociedade, pois apela ao consumismo e à massificação, fazendo com que a sociedade esteja menos atenta às diferenças individuais e seja mais egoísta.

Mas esta crise de valores de que falo aplica-se também aos Estados, sobretudo aos mais ricos e desenvolvidos, que desrespeitam continuamente os outros países para que o seu evolua, destruindo a natureza, manipulando geneticamente seres vivos e o mais grave, construindo armas de destruição maciça que podem exterminar o mundo num segundo. Realmente a sociedade actual podia aprender com os erros do passado mas isso não se verifica e ainda está por encontrar a razão de tal insanidade.

Para finalizar, quero deixar claro que na minha opinião pessoal não existe uma crise de valores actual, pois a falta de valores de que falo sempre existiu, no entanto, na actualidade, reveste-se de outras formas e tem outras causas e é dessas que trato.

Em suma, havendo crise de valores ou não, acima de tudo a honestidade plural é constituída pela honestidade singular e cabe a cada um de nós não esquecer os seus princípios!


Luísa Esteves

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