“O coração tem razões que a razão desconhece”, provérbio
popular conhecido. Se tivermos em conta o provérbio, a sociologia não se podia
envolver no amor, contudo, podemos considerar as relações afetivas como uma
dimensão das relações sociais e assim tornar o amor um objeto para análise
sociológica.
O amor, em relação ao estudo sociológico, (a-histórico e destacando as suas
condições socias de produção) existe ao nível das representações coletivas. Em
dimensões particulares nas relações sociais, o amor vai evoluindo consoante as
transformações e variando de numerosos fatores, nomeadamente a presença social.
Isto é, podemos dizer que o sentimento que nos referimos não é vivido de forma
uniforme por todos, não tem o mesmo valor em todas as sociedades, não se
explica pelo mesmo discurso por toda a gente, não se perfila num mesmo futuro,
os comportamentos e atitudes, perante o amor, não podem ser pré-determinados:
vai-se recompondo consoante as experiências vividas.
O amor por um lado pode ter um carácter mágico, isto é, a “apaixonar-se”, por
outro lado, pode ser testemunhado o seu carácter social, por outras palavras,
proximidade social e cultural por parceiros.
Nota: este artigo teve a influência de “Segundos os amores.
Amar a razão?” de Didier Le Gall .
Andreia Dias e Cláudia Gomes
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