Émile Durkheim é respeitado como um dos fundadores da Sociologia moderna, responsável por tornar a sociologia uma matéria clássica tornando-a aceite como uma ciência social. Durante a sua vida divulgou centenas de estudos sociais tanto sobre educação, crimes, como religião e até suicídio. Foi o fundador da escola sociológica francesa (o seu sobrinho Marcel Mauus foi um dos seus colaboradores), posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica (experiencial) com a teoria sociológica. É largamente reconhecido como um dos melhores teóricos do conceito da coesão social ( que explica o conceito no livro da divisão do trabalho social).
Durkheim nasceu em Épinal, na Lorraine no dia 15 de Abril de 1858, descendente de uma família judaica. Estudou filosofia na escola superior de Paris retirou-se posteriormente para a Alemanha. Em Paris frequentou a École Normale Supérieure em 1879 juntamente com Jean Jaurès (politico socialista francês) Henri Bergson (filosofo francês), teve contacto com as obras de August Comte (filosofo francês, um dos pais do socialismo e fundador do positivismo) e Herbert Spencer (filosofo inglês e representante do positivismo) que o influenciaram claramente na tentativa de buscar a cientificidade no estudo das humanidades. As suas obras mais reconhecidas são: Da divisão do trabalho social (1893); As regras do método sociológico (1895), O suicídio (1897) ; Formas elementares da vida religiosa (1912).
Apesar da formação em Filosofia, Émile dedicava as suas
obras á Sociologia. Encontrou a existência e qualidade de diferentes partes da
sociedade, repartidas pelos cargos que exercem mantendo o meio balanceado
(teoria do funcionalismo). Durkheim acredita que o homem só se tornou Humano
por se tornar sociável, caso isto não acontecesse seria somente um animal
selvagem. Os Humanos têm a capacidade de aprender, criar hábitos e costumes
característicos do grupo social que estão inseridos, a este seguimento
intitulou de “Socialização”. A consciência colectiva seria formada durante a
socialização e composta por tudo aquilo que habita na mente que têm a função de
orientar como o Humano deve ser, se sentir e comportar. Ao “tudo” deu o nome de
“Factos Sociais”, considerando os verdadeiros objetos de analise da
sociologia, estes factos sociais são fenômenos que não são limitados
apenas a uma pessoa, têm uma existência independente e mais clara do que os
comportamentos individuais e podem apenas ser entendidos por outros
acontecimentos sociais que se tornem influenciáveis , como a religião onde a sociedade está
submetida, por exemplo. Para Émile considerar um facto social, é necessário que
o que o ser humano sinta, pense ou o que faça, seja independente da sua vontade
própria.
Durkheim admitia a sociedade como um todo interligado, qualquer parte da sociedade que não possa não decorrer da melhor forma, todas as outras partes serão afetadas Partindo deste pensamento ele desenvolve dois dos seus principais conceitos: Instituição social e Anomia.
Émile Durkheim faleceu a 5 de Novembro de 1917 em Paris, e encontra-se sepultado no cemitério do Montparnasse na capital francesa.
Ana Isabel
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