terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Novos pobres


A actual crise económico-financeira internacional faz cada vez mais vítimas em Portugal. Ora, isto acontece, porque o nosso país tem uma economia debilitada e as políticas adoptadas pelos nossos dirigentes durante anos só afundaram um barco que há muito dava sinais de querer naufragar!


Todos os dias constatamos pelos media que o desemprego não pára de crescer, assim como os impostos, as taxas de crédito, o preço dos produtos alimentares, os combustíveis, a electricidade, a água, e como se tudo isto não bastasse ainda inventam taxas disto e daquilo, mas ironicamente, verificamos que os apoios sociais diminuem quase sempre para aqueles que mais deles precisam!
A classe media, os idosos e os pensionistas são os grupos mais afectados por esta crise, os mesmos que antes de tudo isto conseguiam honrar os seus compromissos bancários, sustentar a sua família e manter um nível de vida satisfatório. No entanto, tudo se alterou, os rendimentos que antes chegavam, hoje não são suficientes e as pessoas vêm-se obrigadas a recorrer a instituições de solidariedade social para conseguirem comer. Estas, muitas vezes, não conseguem suprimir as necessidades de todos os que as procuram, habituadas a apoiar famílias problemáticas, com baixos níveis de escolaridade, não estão preparadas para conseguir ajudar tantas pessoas, falando daqueles que as procuram porque há uma pobreza envergonhada, que assombra os dias de muitos portugueses e o desespero é tanto que o suicídio, por vezes, é a única solução para fugir às dívidas e à fome, como se comprova pelo estudo feito pelo Instituto de Medicina Legal (IML) que afirma que nos últimos três anos a taxa de suicídios subiu 10%.

Neste momento, quase um país inteiro tem a esperança de um dia poder recuperar a capacidade de fazer face às suas despesas, de concretizar o sonho que por agora ficou adiado, de ver os filhos na universidade, em suma, de reaver a sua dignidade que lhes tem sido retirada por um sistema capitalista duvidoso, pouco humano e que sacrifica categoricamente sempre os mesmos. Esperemos então!

Luísa Esteves

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