A sociedade contemporânea, na minha
opinião, tem menos noção da sua vulnerabilidade do que os seus antecessores,
pois conseguimos atingir uma certa qualidade de vida e uma evolução tecnológica
tal, que nos dá ideia que controlamos a natureza e os fenómenos mundiais.
No entanto, quando surge alguma
catástrofe, lembramo-nos de que tudo é mutável e que o nosso mundo pode alterar-se,
basta surgir uma catástrofe como o ciclone Sunday ou o furacão Katrina, que
cifram milhares de vidas e que nos colocam dependentes da boa vontade alheia.
Mas existe sempre um certo sentido
de impunidade na pessoa que vê estas notícias pelos media, e que pensa que será muito difícil sofrer uma catástrofe
semelhante, condescendendo-se com a desgraça do outro.
Nestas situações extremas, no meio
de tanta desgraça, revela-se sempre a parte pior e a melhor do Homem. Há
pessoas capazes de aproveitar esta situação para pilhar lojas e roubar o que
lhe aprouver, mas há outras que participam em missões humanitárias, não se
limitando a ter pena dos que passam pela catástrofe mas ajudando-os no terreno,
contribuindo para que tudo volte ao seu lugar.
Estas pessoas merecem toda a nossa
admiração e são modelos que devemos seguir pois temos de acabar com a nossa
tendência para termos apenas pena, que não melhora em nada a vida de quem está
a passar por dificuldades, e passar a agir e a reagir, lembrando-nos sempre que
no dia de amanhã podemos passar pelo mesmo, uma vez que, o ser humano é mais
vulnerável e indefeso do que aquilo que pensa.
Luísa
Esteves
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