sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A vulnerabilidade humana



           

            A sociedade contemporânea, na minha opinião, tem menos noção da sua vulnerabilidade do que os seus antecessores, pois conseguimos atingir uma certa qualidade de vida e uma evolução tecnológica tal, que nos dá ideia que controlamos a natureza e os fenómenos mundiais.

            No entanto, quando surge alguma catástrofe, lembramo-nos de que tudo é mutável e que o nosso mundo pode alterar-se, basta surgir uma catástrofe como o ciclone Sunday ou o furacão Katrina, que cifram milhares de vidas e que nos colocam dependentes da boa vontade alheia.

           Mas existe sempre um certo sentido de impunidade na pessoa que vê estas notícias pelos media, e que pensa que será muito difícil sofrer uma catástrofe semelhante, condescendendo-se com a desgraça do outro.
            Nestas situações extremas, no meio de tanta desgraça, revela-se sempre a parte pior e a melhor do Homem. Há pessoas capazes de aproveitar esta situação para pilhar lojas e roubar o que lhe aprouver, mas há outras que participam em missões humanitárias, não se limitando a ter pena dos que passam pela catástrofe mas ajudando-os no terreno, contribuindo para que tudo volte ao seu lugar.

            Estas pessoas merecem toda a nossa admiração e são modelos que devemos seguir pois temos de acabar com a nossa tendência para termos apenas pena, que não melhora em nada a vida de quem está a passar por dificuldades, e passar a agir e a reagir, lembrando-nos sempre que no dia de amanhã podemos passar pelo mesmo, uma vez que, o ser humano é mais vulnerável e indefeso do que aquilo que pensa.

Luísa Esteves

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