sexta-feira, 15 de março de 2013

A dificuldade de verbalização nas sociedades camponesas

  Já todos nós, em diversas situações, nos demos conta das diferenças existentes (a nível de linguagem) entre várias zonas do nosso país. A prenuncia do centro é diferente da do norte, a do norte é diferente da do sul... Apesar de falarmos a mesma língua, há outros factores que influenciam a nossa forma de falar.
  Prenuncias à parte, já todos reparamos, também, que as chamadas "pessoas do campo" apresentam uma certa dificuldade em falar corretamente. Ainda que hajam excepções, há motivos que explicam este fenómeno.
   Numa época em que os pais viam nos filhos uma forma de sustento, era importante que estes trouxessem fontes de rendimento à família. Para tal, era quase impossível que estes frequentassem a escola, e para além do mais, era difícil a verbalização com o mundo exterior, visto que o trabalho era algo que ocupava grande parte do tempo.
  Esta quebra de contatos dificultou a armazenação e a aprendizagem de regras básicas e mesmo de certos vocábulos da língua portuguesa. Sabemos que este facto, ocorrendo na infância, pode influenciar a nossa personalidade, a nossa forma de falar, os nossos hábitos e costumes. Chegamos à conclusão, então que aquilo que "perdemos" ou "ganhamos" durante a infância determina tudo aquilo que nós somos. São estes factores que nos tornam únicos, enquanto seres humanos.
  Ainda que existam excepções, este é um dos temas sobre o qual a sociologia se debruça e que fazem parte da nossa realidade social enquanto país.

Mónica Ferreira

O Multiculturalismo



O multiculturalismo pode ser definido como, a diversidade étnica e racial ou de novas identidades políticas e culturais. Desta forma o multiculturismo é a existência de uma grande diversidade de culturas numa localidade, cidade ou país. Na grande maioria dos acontecimentos não há o predomínio de uma raça ou cultura mas sim uma igualdade a nível do número de pessoas procedentes dos diferentes e mais longínquos lugares do mundo.

O multiculturalismo é o princípio que sustenta a necessidade de se ir mais á além nas atitudes de tolerância entre as diferentes culturas no mesmo território ou nação.
A ideia de multiculturalismo, está associada a outros fenômenos contemporâneos, como por exemplo, o pós-modernismo e o relativismo cultural. Não há, entretanto, unanimidade entre os meditativos desse tema sobre a sua definição. São basicamente dois os conceitos distintos mais utilizados no multiculturalismo, uns afirmando que “todas as culturas dentro de uma mesma nação têm o direito de existir mesmo que não haja um fio condutor que as una”, e outos definem como “uma diversidade cultural coexistindo dentro de uma nação em que há um elo cultural comum que mantenha a sociedade unida”.
No entanto, o ser humano sempre foi migrante e muitas das sociedades desenvolvidas atuais resultam dos processos históricos que envolvem o encontro e a convivência de diferentes povos. Por isso, a aceitação e a gestão da multiculturalidade nas sociedades atuais tornam-se fundamentais para a coabitação pacífica dos vários grupos étnicos, sendo ate enriquecedor para todos.



                                                                                                                                       Ângela Mendes

quinta-feira, 14 de março de 2013

Casais homossexuais , será ainda um complexo para a sociedade ?






Como sabemos, o amor entre casais homossexuais pode ser um tema complicado, visto que não contam com os modelos tradicionalmente estabelecidos. O que é sabido é que os homossexuais, são uma realidade na sociedade e por isso mesmo não devem haver modelos de relações estabelecidos, o que muitas vezes gera confusão e dúvida e dai origina o preconceito tão presente na sociedade que vivemos. É, certo que os casais homossexuais existem em menor número relativamente aos casais heterossexuais. Os casais homossexuais apresentam algumas características diferentes dos casais heterossexuais: pelo facto de serem duas pessoas do mesmo sexo, a habitual divisão de tarefas e papéis típica dos casais heterossexuais não se verifica necessariamente. Contudo, relações entre pessoas do mesmo sexo não devem ser desvalorizadas nem descredibilizadas por esse facto. Um casal homossexual não deverá de todo querer ser igual e ter acesso aos direitos de um casal heterossexual, cada um é como é e tem direito à sua individualidade. Mas muitas vezes estes, são vistos de maneira diferente na sociedade, surgindo daí o preconceito relativamente ás famílias, chegando a haver uma mentira acerca do casal, que tenta evitar expor-se em público, não mantendo qualquer contacto pessoal e íntimo, o que acaba por provocar uma degradação da relação. O preconceito na sociedade pode prejudicar tanto a relação a dois como a auto-estima de ambos, que não irão sentir-se bem ao expor a relação a pessoas que muito provavelmente o vão julgar.
Mas felizmente, a evolução das mentalidades tem possibilitado a estabilização de relações entre homossexuais que optam por viver maritalmente. 


                                                                            Vera Almeida

Atitudes face á diversidade cultural

Perante a existência de seres humanos com normas e hábitos culturais diferentes. as pessoas podem assumir atitudes e condutas muito variadas.
Mencionaremos três dessas atitudes: Etnocentrismo; relativismo cultural e interculturalismo.

Etnocentrismo

O etnocentrismo, consiste na observação de outras culturas em função da nossa própria cultura, com o objectivo de hierarquizar e valorizar todas as culturas, tomando em conta as mais importantes e as menos importantes para cada pessoa. No entanto, o etnocentrismo tem consequências, como a incompreensão em relação aos aspectos de outras culturas, pois um etnocentrista é incapaz de aceitar culturas diferentes das suas, e ainda o aumento da coesão aos elementos culturais de grupo, e o sentimento de superioridade em relação aos elementos de culturas diferentes.
Para preservar a sua cultura, os etnocentristas podem assumir posturas negativas, como a xenofobia, ou seja ódio pelos estrangeiros, o racismo e o chauvinismo, isto é patriotismo fanático.


Relativismo Cultural

Relativismo cultural é o mesmo que culturalismo e consiste no respeito pela cultura dos outros, aceitando cada uma como ela é, conseguindo relacionar-se com o Mundo e as diferentes culturas.
O relativismo cultural tem aspectos positivos, como a defesa da tolerância pelas diferenças e de respeito pelas outras culturas, defende que os padrões de comportamento e os sistemas de valores dos povos com quais se entra em contacto devem ser avaliados, julgados e respeitados sem contestação.
No entanto esta enorme tolerância, sendo aparentemente positiva, manifesta alguns aspectos negativos:

  1. A proclamação do respeito e tolerância pelas outras culturas encerra a ideia de que cada cultura deve promover os seus próprios valores, ficando fechada em si própria
  2. Não incentivando a abertura aos modelos das outras comunidades, os defensores do relativismo não promovem, antes dificultam, o diálogo entre as culturas.
Neste sentido, os relativistas não escapam a certos riscos. Entre eles anotam-se o racismo, o isolamento e a estagnação.


Interculturalismo

Interculturalismo, é um movimento que tem como ponto de partida o respeito por outras culturas, superando as falhas que se encontram no relativismo cultural, ao defender o encontro e  pé de igualdade entre todas as culturas.
O interculturalismo propõe-se promover objectivos como a compreensão da natureza pluralista, promover o diálogo entre culturas, compreender a complexidade e riqueza da relação entre diferentes culturas e colaborar na busca de respostas aos problemas mundiais que se colocam no âmbito social, económico, politico e ecológico.
Ddo que não se pode considerar que qualquer cultura tenha atingido o seu desenvolvimento total, o diálogo entre os povos de diferentes culturas é o meio de possibilitar o enrequecimento mutúo de toas as culturas.
O interculturalismo defende assim, que se aprenda a conviver num Mundo pluralista e que se respeite e defenda a humanidade num conjunto global.


Tatiana Ribeiro e Sara Cunha

Cultura


Cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridas pelo homem como membro da sociedade”. Na sociologia a cultura é explicada como o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural.

Multiculturalismo é a existência de uma grande diversidade de culturas numa localidade, cidade ou país, sem que nenhuma dessas culturas predomine sobre as outras. Este fenómeno deve-se por exemplo à imigração, que leva à criação de grupos sociais distintos nos países acolhedores. O multiculturalismo acontece devido à imigração, que leva à formação de diferentes grupos sociais, que podem vir a ser marginalizados pela população do país, e que os pode levar a isolar-se, dando por isso origem ao racismo ou outras formas de recusa. A existência de seres humanos com normas e hábitos culturais diferentes no mesmo espaço pode levar as pessoas a assumirem atitudes e condutas muito variadas, nomeadamente o etnocentrismo, relativismo cultural e interculturalismo.  
O multiculturalismo é alvo central de muitas guerras de culturas, de tensões sociais e de crises politicas, muitas vezes resultantes de uma percepção errada do contexto histórico-político e económico-social, mas também pode ser visto como um factor de enriquecimento e abertura de novas e diversas possibilidades de inovação.

Vanessa Leite

Tatuagens e piercings , um acessório de moda?

Desde tempos longínquos que o homem grava símbolos da sua cultura na pele, contudo esta simbologia varia de região para região conforme a sua cultura.
As tatuagens bem como os piercings são símbolos ou marcas que sempre foram utilizadas por diversas culturais, ocidentais e orientais, como um meio de expressão, uma maneira de marcar no corpo as suas origens, crenças e tradições.
 
Dou o exemplo de algumas comunidades primitivas como por exemplo a Indonésia, Polinésia e Nova Zelândia onde estes se tatuam para marcar os factos da vida biológica: nascimento, puberdade, reprodução e morte. E também para relatar os factos da vida social: como por exemplo o casamento e ascensão profissional, pois quanto mais tatuado fosse o indígena mais elevado era o seu estatuto social .

Da mesma forma , para os Índios e Egípcios, tatuar o corpo servia como uma expressão religiosa e mágica. Eles acreditavam que após a morte, uma divindade aguardava a chegada da alma e exigiam ver as tatuagens do índio para lhe dar passagem ao paraíso.
Já no Japão feudal, acontecia exactamente o contrário. As tatuagens eram usadas como forma de punição, tornando-se sinónimo de criminalidade.
Contudo, ainda hoje nas sociedades Orientais estes símbolos são vistos como uma atitude de marginalização e preconceito perante a sociedade.
Mas os tempos foram evoluindo e as mentalidades das pessoas também deixando de ser tatuagens e piercings um símbolo de marginalidade passando a ser visto como um fascínio pelo “diferente” pelo “ exótico”.
Hoje em dia, as tatuagens e piercings são frequentemente usados como um acessório de moda pois a atracção pelo “diferente” acontece cada vez mais principalmente nos mais jovens.
A juventude são o alvo mais influenciável pela sociedade daí o facto de se tatuarem para serem iguais aos restantes tatuados e sentirem-se integrados num grupo. O piercing funciona normalmente a nível estético.
Porém, temos assistido que vários estilistas, por exemplo, têm se servido destes elementos como elementos de moda influenciando a sociedade e desta forma aumentar a aceitação desta prática.
Ana Cláudia Ribeiro


 

A Diversidade Cultural e o Etnocentrismo

          Em todo o Mundo existem diversas culturas, como a ocidental, a hindu ou a judaica, e existem grupos mais restritos, dentro de cada sociedade, culturalmente distintos. O etnocentrismo tem origem no facto de julgarmos as outras culturas tendo como ponto de referência a nossa própria cultura. Se partirmos do princípio de que os nossos valores são os "normais", assumimos então que todos os outros são condenáveis.


          A diversidade cultural é uma realidade mas esse facto nem sempre é bem aceite. Nos últimos anos tem-se registado um aumento de intolerância, racismo e xenofobia.
          No entanto, o ser humano sempre foi migrante e muitas das sociedades atualmente desenvolvidas devem-se a processos históricos que envolveram o encontro e a convivência entre os mais diversos povos.


















          Pessoas de diferentes origens étnicas, que falam diferentes línguas e que são portadoras de diferentes hábitos culturais, cruzam-se diariamente nas mesmas cidades, nos mesmos bairros e nos mesmos locais de trabalho.
          Assim, as sociedades atuais tornam-se essenciais para a coabitação dos vários grupos étnicos, sendo enriquecedora para todos.

Deste modo, a diversidade cultural é uma realidade incontornável.
Miguel Lopes

quarta-feira, 13 de março de 2013

O namoro no masculino e no feminino...


São várias as razões, que diferenciam o namoro no masculino e no feminino. No caso dos homens, quase todos eles têm várias experiências de namoro antes de casar, estas experiências muitas delas significavam momentos de diversão até encontrarem a mulher que consideram a “certa”. Pelo contrário, as mulheres não sentem esta necessidade de experiências de namoro, pois desde cedo têm em mente encontrar o homem ideal para o resto das suas vidas. Mas como sabemos, não há regras sem excepção, como tal, há mulheres que sentem necessidade de ter vários parceiros e só assim é que se sentem realizadas emocionalmente, como também existem homens que apenas querem uma mulher, a única com quem se envolvem intimamente.

Os homens do campo e os homens da cidade, têm distintos critérios na escolha da mulher para casar, quanto aos homens do campo, estes apreciam o físico da mulher, já os homens da cidade, preferem o sucesso profissional da mulher. As mulheres do campo e as mulheres da cidade, também não têm a mesma preferência nas escolhas do homem “certo”, as mulheres do campo gostam que o homem seja um trabalhador nato, as mulheres da cidade gostam que o homem saiba ter uma conversa interessante.

Todas as afirmações referidas anteriormente, são fundamentadas em estudos feitos à população portuguesa, através de inquéritos e preguntas feitas ocasionalmente.

                                                                                                                Tânia Pinto  
 

Tipos contemporâneos de família

Tradicionalmente, uma família é constituída por duas pessoas de sexo oposto, que estão casadas e vivem juntos com o(s) seu(s) filho(s). Todavia, nos dias de hoje, o conceito de família é bastante diferente do que outrora fora. Podemos então encontrar os mais diferentes tipos de família como poderemos verificar de seguida.
Algumas pessoas optam por viverem sozinhas com os filhos, ou seja, famílias constituídas por um adulto e os filhos. Na maior parte das vezes, o adulto destas famílias é a mulher, pelo que não é tão usual vermos um homem a viver sozinho com os filhos, embora claramente existam. A estas famílias damos o nome de agregados monoparentais, que são o resultado de separação ou divórcio, viúvez ou a geração por parte de uma mulher solteira. Esta última hipótese, é ainda mal vista pela sociedade na sua generalidade, apesar de se combater este preconceito. Este tipo de família tem uma maior probabilidade em atravessar dificuldades financeiras visto que subsistem com apenas um salário.
Para além desta, existem também  as famílias recompostas: quando há um segundo casamento, trazendo consigo, filhos do casamento anterior. No passado, os segundos casamentos existiam apenas quando um dos cônjugues do primeiro casamento falecia, mas hoje em dia é algo frequente.
Existe também nos dias de hoje a coabitação, sendo bastante usual entre os jovens, A coabitação consiste em viver com o parceiro sem ter casado com este, e é bastante comum no período anterior ao casamento como experiência inicial da vida em conjunto. Esta forma de vida pode também ser escolhida pelo desinteresse de um casamento formal. Esta opção, há uns anos atrás, era simplesmente escandalosa, mas agora a aderência a esta é tanta, que já é vista como algo normal.
A união de facto é reconhecida juridicamente, apresentando aspetos positivos, mas também aspetos negativos como não possuirem o direito de visita em caso hospitalar ou o direito a herança.
Por último, temos também os casais homossexuais que apresentam algumas características diferentes dos casais heterossexuais: por se tratar de um casal de duas pessoas do mesmo sexo, as desigualdades entre os parceiros não são acentuadas, são ambos vistos da mesma forma pela sociedade.
Apesar de se lutar contra os preconceitos patentes na homossexualidade, o casamento entre gays e lésbicas continua a ser mal visto pela maior parte das pessoas, especialmente pela classe etária mais velha.
Muitos países proíbem estritamente o casamento homossexual e em muitos lugares do mundo, este é condenado.


No meu ponto de vista, ninguém tem o direito de julgar as opções dos outros. Cada um sabe de si, cada um deveria ter a legitimidade de escolher o rumo da sua vida.
A meu ver, se duas pessoas do mesmo sexo se amam e querem viver juntas/casar, por que não?
Acho que este preconceito é muito visível e não acho justo fazermos juízos de valor no que conta às opções pessoais de cada um.
Marta Lopes 

Uma característica, diferentes significados...

É comum nas sociedades encontrarmos pessoas tatuadas e com piercings. No entanto,  tatuar o corpo não tem o mesmo significado para todas elas.
Se para os portugueses tatuar o corpo é uma forma de gravar no corpo memórias de ente-queridos ou mesmo uma maneira de se sentirem diferentes, por exemplo, para algumas comunidades primitivas, o ato de pintar o corpo significa um processo de evolução da infância para o estado adulto, a maioridade.



O uso de tatuagens e piercings não é apenas uma prática característica de uma sociedade, nem, como muitas vezes é associado, um movimento de contestação de grupos vigaristas ou revoltosos.
As tatuagens permitem a quem as faz ser distinguido esteticamente, tendo muitas vezes o papel de acessório de moda. É tão comum que passou até a ser utilizado por estilistas nas suas colecções.
Este artigo vem com o propósito de mostrar que muitas vezes, o mesmo objecto pode significar coisas completamente diferentes para as sociedades, tornando-se assim, parte da cultura de cada uma.

 
 
 
 
 
 
Inês Costa

Socialização na infância


A socialização pode ser entendida como um processo contínuo onde o indivíduo se relaciona com a colectividade e onde este apreende os elementos que caracterizam uma sociedade, por exemplo, as suas regras, valores, crenças. A apreensão destes elementos é essencial no desenvolvimento de um individuo pois vai influenciar directamente a sua integração na sociedade.
Este processo de socialização é feito em três fases fundamentais onde duas delas ocorrem essencialmente na fase da infância do indivíduo: a primeira é levada a cabo pelo seio familiar onde nascemos; a segunda é nas instituições de integração cívica do indivíduo onde este tem um contacto com um universo superior à da sua família (na escola, por exemplo); já a terceira é na fase adulta do indivíduo onde este assume papéis fundamentais na sociedade.
Assim podemos inferir que, como grande parte das fases deste percurso é feito na infância, este torna-se o período mais importante da vida pois é onde ocorrem os momentos mais marcantes que nos irão influenciar para o resto da vida, visto que é também o primeiro contacto que tem com determinadas situações e objectos  Por exemplo, se uma criança nascer numa família extremamente carinhosa tem tendência a generalizar esse comportamento e ter uma atitude meiga para com as pessoas com quem contacta.






Sara Cunha

A Cultura

Como sabemos, com o decorrer do tempo, pouco ou nada resiste da mesma forma. Tudo vai mudando com o passar dos anos... Os conceitos, mentalidades, os costumes, as pessoas,... tudo!
Desta forma, com a cultura é exatamente a mesma coisa. O conceito de cultura é muito abrangente, sendo ele pluridimensional. No entanto, não só o conceito que foi mudando como todas as culturas foram evoluindo, acentuando alguns parâmetros e modificando outros.
A cultura é, portanto, o conjunto de coisas que o Homem acrescenta à natureza, é tudo aquilo que não é natural (como comer e dormir), é tudo aquilo que não é inato... A cultura não é então algo que nasça connosco ou que façamos por instinto, mas sim algo que aprendemos e preservamos.
Todas as culturas são diferentes e englobam os rituais, as crenças, a língua, a culinária, a religião, a política, os valores,... Estes elementos culturais são partilhados por indivíduos que os tornam diferentes de todos os outros. A cultura traz portanto coisas em comum entre a sociedade e garante a interação das pessoas.
Dentro duma cultura, podem existir também subculturas; bons exemplos disso são os hippies, os góticos, etc. Estas subculturas são compostas por um pequeno grupo pessoas (pequeno comparativamente com o número de pessoas numa cultura) que partilham as mesmas crenças, rituais e ideias.
Na nossa cultura, temos coisas tipicamente portuguesas como por exemplo o rancho, o fado e o vinho do Porto.
Em Portugal, alimentamo-nos de faca e garfo, enquanto que na China as pessoas alimentam-se com "pauzinhos".
Na Índia, a vaca é um animal sagrado sendo que ninguém come carne de vaca. Contudo, cá em Portugal, é bastante usual comer-se carne de vaca.
Em alguns países, come-se cão e rato, enquanto que cá isso seria impensável!!!
Na minha opinião, devemos respeitar todas as culturas embora, por vezes, seja bastante complicado pois há culturas cujos princípios são tão extremista, que se torna difícil não contestar. Por exemplo, há culturas em que as mulheres são tratadas como simples objetos, cujos direitos lhes são negados.
Desta forma é de facto, difícil não julgar estas características e comportamentos.
 
Todas estas diferenças permitem-nos concluir que, tal como foi dito, todas as culturas variam de país para país, e todas são únicas e distintas.
 
Marta Lopes

terça-feira, 12 de março de 2013

Organismos Geneticamente Modificados


 



 
 
Na actualidade, 800 milhões de pessoas são afectadas pela fome e pela subnutrição, mas a situação tende a agravar-se devido ao crescimento populacional, que se verifica sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, devido ao difícil acesso aos meios de contracepção, à falta de escolaridade e de consultas de planeamento familiar.

Como contraponto, nos países desenvolvidos o acesso à alimentação está facilitado com supermercados, hipermercados, mercearias, uma economia desenvolvida e as mais avançadas técnicas agrícolas.

Acredita-se que a chave para a resolução do problema das carências alimentares pode passar pelos avanços na ciência e na biotecnologia, em que se manipula a composição genética de produções básicas como o arroz, aumentando a velocidade de fotossíntese, assim, se consegue também ume melhoria nutricional dos alimentos e uma maior defesa contra as pragas. A estes organismos dá-se o nome de organismos geneticamente modificados (OGM).

Contudo, apesar de se poder pensar que esta inovação seria recebida entusiasticamente, tal não aconteceu, já que a manipulação genética acarreta grandes riscos ambientais, tais como: a perda de diversidade biológica, diminuição de diversas espécies selvagens e alergias. Depois de lançados na natureza, os efeitos destes organismos são imprevisíveis e difíceis de monitorizar. Assim, muitos ambientalistas se mantêm fiéis ao princípio de precaução, nos casos em que existam dúvidas quanto aos riscos dos OMG. Mas esta nova forma de cultivar os alimentos tem um grande potencial económico e empregador, por isso, não se sabe exactamente qual será o futuro dado a esta descoberta, se por um lado nos trás rentabilidade económica, por outro, não se conhecem as consequências ambientais a longo prazo destas culturas.

Em suma, neste âmbito ainda se aguardam novos estudos e conclusões quanto ao futuro, a fim de se saber se os OMG são uma solução ou um problema.

 

Luísa Esteves


Os Valores


Figura 1 - Os Valores
 Os valores constituem-se como um elemento espiritual ou intangível da cultura. Um valor é algo que, numa dada cultura, se considera ideal ou desejável. Apesar disso, os valores concretizam-se por intermédio das regras e das normas que condicionam os comportamentos.
  
Os valores predominantes numa determinada cultura podem estar apresentados formalmente, nomeadamente em textos institucionais, como as leis de cada país. Outros não estão formalizados mas somente vivos na mente de cada pessoa- são por isso, informais-, não deixando de condicionar fortemente os seus atos.



palavras
Figura 2 - Exemplo de valores humanos
Uma das características principais dos valores é o facto de orientarem/determinarem as ações das pessoas e dos grupos. Os atores sociais não pensam, avaliam, decidem e escolhem no vazio- fazem-no regidos por um sistema de referencias em que creem, e que consideram desejável.

 Outra característica é a relatividade espacial e temporal. Os valores são sempre específicos de uma sociedade particular, que os moldou e adaptou. Desta maneira, os valores não só variam de cultura para cultura como igualmente dentro da mesma cultura, entre os diversos grupos que a constituem, e ao longo do tempo.  




                                                                                                                             Rui Almeida 22

Multiculturalismo

 


 
          Desde sempre, o Homem pelos mais variados motivos, como sendo: a guerra, as migrações, a globalização e as catástrofes naturais, tende a instalar-se em países e continentes diversos. Hoje, a maior parte das sociedades industrializadas são culturalmente ricas porque nas suas ruas se encontram culturas, etnias, línguas, religiões, costumes e tradições dos “quatro cantos do mundo”, a este fenómeno dá-se o nome de multiculturalismo.
Não obstante, esta diversidade cultural não gera apenas reacções positivas mas também muitas bastante negativas e marginalizadoras. Nos últimos anos, tem-se registado um aumento de manifestações de racismo, caracterizado pela rejeição de indivíduos pela sua raça ou etnia, e de xenofobia, ou seja, rejeição de pessoas de nacionalidades diferentes. Outro fenómeno bastante comum é o etnocentrismo, em que se julgam as outras culturas tendo como ponto de referência a nossa própria cultura, e assim, partimos do princípio de que os nossos valores, hábitos e comportamentos é que são correctos e aceitáveis. Esta atitude, leva-nos a julgar as restantes pessoas como inferiores e a encará-las com desconfiança e preconceito.
Contudo, muitas vezes conhecemos culturas que desrespeitam variadíssimos direitos humanos e liberdades fundamentais e, nesse caso, será normal referirmo-nos a elas com algum desdém e inconformismo. Aliás, pessoalmente julgo que a sociedade deve tentar alterar esses costumes, porque ao fazê-lo não desrespeita essa cultura já que essa atitude pode salvar vidas.
Em conclusão, era desejável ver a sociedade a encarar o multiculturalismo como um fenómeno positivo e que nos enriquece mas, todos sabemos, que há um longo caminho a percorrer para que esse desejo se concretize e é necessário não esquecer que as mentalidades só mudam a partir de cada um de nós.


Luísa Esteves

sábado, 2 de março de 2013

O Senso Comum

Desde sempre que o Homem tenta arranjar explicações para as coisas que acontecem no seu dia-a-dia e para os fenómenos (que hoje são conhecidos como naturais) na tentativa de os entender e lidar com eles. Esta tentativa de compreensão resulta num conhecimento prático da realidade que permite ao ser humano lidar com as diversas situações que a vida lhe propõe. A este conhecimento prático damos o nome de Senso Comum.
O senso comum é, portanto, o conhecimento vulgar com que, no quotidiano, orientamos as nossas ações e damos sentido à vida.
Porém, com o decorrer dos tempos, a Ciência começou a evoluir e, evidentemente que, começou a dar explicações válidas para os distintos acontecimentos. Para as pessoas entenderem que, a trovoada não era afinal castigo divino, mas sim um acontecimento natural, demorou algum tempo pois a ciência atacava aquilo que as pessoas tomavam como sendo o senso comum. Desta forma, a ciência passou a integrar-se no senso comum.
Quando começou a contagiar-se a doença a que hoje vulgarmente damos o nome de SIDA, pensava-se que esta só afetava homossexuais devido aos seus comportamentos sexuais que eram considerados depravados e completamente reprováveis. Esta "ignorância" face às doenças sexualmente transmissíveis está bastante presente no filme "O Relatório Kinsey" onde podemos comprovar que, no passado, o tema "sexo" era um autêntico tabú em que ninguém expunha as suas dúvidas. Desta forma, e também por não ainda não existir na época uma explicação pelo contágio do vírus HIV, a ignorância das pessoas levava-as a deixarem-se influenciar pelo preconceito. Hoje em dia sabemos que a SIDA é uma doença que se propaga através do sangue e de fluidos sexuais, e que tanto os homens como as mulheres estão sujeitos a serem contagiados. No entanto, o conhecimento ciêntifico, apesar de ter arranjado explicação para o contágio desta doença, não conseguiu abolir o preconceito da mente da sociedade.

Marta Lopes

Etnocentrismo Cultural


Fala-se de cultura como um saber a ser adquirido, ou como conhecimento acumulado, representa tudo aquilo que não é inato nem natural no ser humano, mas a relação que este estabelece com o que está á sua volta, como os diferentes grupos sociais.

Os grupos sociais podem apresentar certas normas e valores culturais diversificados. Na cultura rural ou na urbana, onde esta é a mais culturalmente diversificadas, a sua população é constituída por um determinado número de grupos de diferentes origens culturais, étnicas e linguísticas, como por exemplo os ciganos ou a comunidade cabo-verdiana que se diferem dos outros e muito na maneira como comem, vestem-se, e comportam-se.

Toda esta diversidade cultural conduz a atitudes de etnocentrismo cultural que se baseiam em preconceitos acerca da “superioridade” da cultura dominante uma vez que os grupos étnicos se distinguem dos outros grupos porque não partilham os mesmos valores, normas e identidades culturais.

Estas atitudes levam o indivíduo não só a sobrevalorizar a sua cultura e a considerar inferior a cultura a que pertencem outros indivíduos, mas também a conduzir a fenómenos de rejeição e conflitos aumentando os sentimentos de intolerância como o racismo e a xenofobia.

O etnocentrismo está ligado ao racismo e á xenofobia dado que ao elevarmos uma cultura em relação às outras, mesmo em pequenas expressões do quotidiano como “Trabalho como um preto!”, estamos a inferiorizar outros e a hierarquizar, a diferenciar como melhores ou piores culturas diferentes da nossa, portanto a fazer uma espécie de racismo já que ao considerar-mos a nossa cultura como melhor considera-mos os outros abaixo dela e consequentemente desprezamos e humilhamos as diferenças culturais.

O etnocentrismo cultural de facto é um conceito universal, sendo que este problema não é exclusivo de uma determinada época nem de uma única sociedade.

                                                                                                                  Vânia Pereira

sexta-feira, 1 de março de 2013

Elementos da Cultura/ Valores






A Cultura, tem inserida nela, elementos materiais e espirituais.
Os elementos materiais, compreendem em si as obras realizadas,por exemplo, as habitações, o vestuário, os monumentos, os alimentos,etc.
Os elementos espirituais de uma cultura, envolvem as ideias, os valores, as normas, as crenças, por exemplo, a distinção entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o belo e o feio, etc.
São essencialmente os elementos espirituais que nos leva a referir diversidade cultural, pois como sabemos o desenvolvimento técnico, cientifico, tecnológico, médico (...), já atingiu a maioria do Mundo, e em termos materiais quase todas as culturas estão em pé de igualdade, salientando-se assim as diferentes formas de agir e pensar (elementos espirituais).
No entanto, estes dois elementos não podem trabalhar separadamente, pois completam-se mutuamente.
Como já percebemos, os valores são encarados como elementos espirituais, sendo vistos como uma maneira de ser ou de agir que uma pessoa ou uma colectividade reconhecem como ideal.




A vida em sociedade, pressupõe, uma certa ordem, uma vez que é necessário satisfazer as necessidades individuais de cada individuo, sendo por isso necessário a existência dos valores culturais que orientam as condutas sociais.
Em contrapartida, a vida em grupo implica a elaboração de regras e de normas exteriores ao individuo, ou seja que lhe são impostos, para uma melhor vivência entre as pessoas.
O nosso quotidiano é seguido de acordo com valores e regras.Valores morais, étnicos, religiosos(...), e regras de trabalho, de condução, económicos, etc.
Tanto os valores como as regras, devem ser compridos por todos os elementos de um grupo ou sociedade, pois indicam-nos o que é certo e errado, condicionando os nossos comportamentos, mas nunca esqueçendo que cada pessoa tem o direiro á sua liberdade, por isso mesmo, existindo os valores informais, onde não existe um condicionamento forte nas acções do Homem.
Outra caracteristica dos valores é a sua relatividade espacial e temporal. Os valores são sempre especificos de uma sociedade em particular, por essa mesma razão os valores não só variam de sociedade para sociedade, como dentro da mesma sociedade, entre os vários grupos que a constituem.

                 
 Tatiana Ribeiro

Cultura

Conceito de Cultura

O conceito de cultura, evolui com o passar dos tempos e cada vez mais tem significados distintos.
A palavra "cultura", surgiu pela primeira vez no séc.XI com raízes agriculas, e só em meados do séc.XVI, é que assumiu um sentido dirigido ao Homem e ao seu desenvolvimento.
Hobbes

E.F.Taylor

No séc.XVIII, Hobbes designou cultura, o trabalho de educação do espírito em particular durante a infância. No entanto não foi apenas este que conferiu um significado á palavra, vários outros também o fizeram.
 
O conceito mais conhecido e usual do termo, foi formulado por E.F. Taylor, em 1831, segundo o qual, cultura é:
"aquele todo complexo, que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, as leis, os costumes e todos os outros hábitos apreendidos pelo Homem sendo membro da sociedade"
Muitas vezes o termo cultura, é confundido com civilização, logo assume noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta,etc. Esta confusão é aceitável uma vez que estamos perante uma palavra pluridimensional, não lhe podendo dar, uma designação objectiva.
Assumindo apenas o significado  de relevo para uma boa interacção com a sociedade, pudemos encarar a cultura como o fenómeno que representa tudo o que é aprendido pelo Homem , logo tudo o que não é inato. Os seres humanos vivem em meios muito diferentes relativamente ao clima, ao relevo, aos recursos naturais, etc. Por isso, adaptam-se de modo muito diverso e desenvolvem culturas muito diferentes.
No planeta Terra há uma enorme diversidade cultural. Todos os seres humanos possuem cultura, mas não a mesma cultura.
Por ter tanta importância no meio social, o termo "cultura" é um ponto de destaque em Sociologia, onde assume um carácter especifico e onde é analisada na sua dimensão social.
Assim, e em suma, podemos dizer que cultura é apreendida e não herdada geneticamente, pois ao contrário dos outros animais, o Homem tem de aprender tudo sobre a vida em sociedade, e os elementos culturais são partilhados por um determinado  numero de pessoas , e podem ser aplicados a uma sociedade global ou a grupos pequenos e restritos. Concretiza-se como um modo de vida que compreende formas de pensar, agir e sentir.

Tatiana Ribeiro