Os grupos sociais podem apresentar certas normas e valores culturais diversificados. Na cultura rural ou na urbana, onde esta é a mais culturalmente diversificadas, a sua população é constituída por um determinado número de grupos de diferentes origens culturais, étnicas e linguísticas, como por exemplo os ciganos ou a comunidade cabo-verdiana que se diferem dos outros e muito na maneira como comem, vestem-se, e comportam-se.
Toda esta diversidade cultural conduz a atitudes de etnocentrismo cultural que se baseiam em preconceitos acerca da “superioridade” da cultura dominante uma vez que os grupos étnicos se distinguem dos outros grupos porque não partilham os mesmos valores, normas e identidades culturais.
Estas atitudes levam o indivíduo não só a sobrevalorizar a sua cultura e a considerar inferior a cultura a que pertencem outros indivíduos, mas também a conduzir a fenómenos de rejeição e conflitos aumentando os sentimentos de intolerância como o racismo e a xenofobia.
O etnocentrismo está ligado ao racismo e á xenofobia dado que ao elevarmos uma cultura em relação às outras, mesmo em pequenas expressões do quotidiano como “Trabalho como um preto!”, estamos a inferiorizar outros e a hierarquizar, a diferenciar como melhores ou piores culturas diferentes da nossa, portanto a fazer uma espécie de racismo já que ao considerar-mos a nossa cultura como melhor considera-mos os outros abaixo dela e consequentemente desprezamos e humilhamos as diferenças culturais.
O etnocentrismo cultural de facto é um conceito universal, sendo que este problema não é exclusivo de uma determinada época nem de uma única sociedade.
Vânia Pereira
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