Na
actualidade, 800 milhões de pessoas são afectadas pela fome e pela subnutrição,
mas a situação tende a agravar-se devido ao crescimento populacional, que se
verifica sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, devido ao difícil acesso
aos meios de contracepção, à falta de escolaridade e de consultas de
planeamento familiar.
Como
contraponto, nos países desenvolvidos o acesso à alimentação está facilitado
com supermercados, hipermercados, mercearias, uma economia desenvolvida e as
mais avançadas técnicas agrícolas.
Acredita-se
que a chave para a resolução do problema das carências alimentares pode passar
pelos avanços na ciência e na biotecnologia, em que se manipula a composição
genética de produções básicas como o arroz, aumentando a velocidade de
fotossíntese, assim, se consegue também ume melhoria nutricional dos alimentos
e uma maior defesa contra as pragas. A estes organismos dá-se o nome de
organismos geneticamente modificados (OGM).
Contudo,
apesar de se poder pensar que esta inovação seria recebida entusiasticamente,
tal não aconteceu, já que a manipulação genética acarreta grandes riscos
ambientais, tais como: a perda de diversidade biológica, diminuição de diversas
espécies selvagens e alergias. Depois de lançados na natureza, os efeitos
destes organismos são imprevisíveis e difíceis de monitorizar. Assim, muitos
ambientalistas se mantêm fiéis ao princípio de precaução, nos casos em que
existam dúvidas quanto aos riscos dos OMG. Mas esta nova forma de cultivar os
alimentos tem um grande potencial económico e empregador, por isso, não se
sabe exactamente qual será o futuro dado a esta descoberta, se por um lado nos
trás rentabilidade económica, por outro, não se conhecem as consequências ambientais
a longo prazo destas culturas.
Em
suma, neste âmbito ainda se aguardam novos estudos e conclusões quanto ao
futuro, a fim de se saber se os OMG são uma solução ou um problema.
Luísa Esteves
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