terça-feira, 12 de março de 2013

Organismos Geneticamente Modificados


 



 
 
Na actualidade, 800 milhões de pessoas são afectadas pela fome e pela subnutrição, mas a situação tende a agravar-se devido ao crescimento populacional, que se verifica sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, devido ao difícil acesso aos meios de contracepção, à falta de escolaridade e de consultas de planeamento familiar.

Como contraponto, nos países desenvolvidos o acesso à alimentação está facilitado com supermercados, hipermercados, mercearias, uma economia desenvolvida e as mais avançadas técnicas agrícolas.

Acredita-se que a chave para a resolução do problema das carências alimentares pode passar pelos avanços na ciência e na biotecnologia, em que se manipula a composição genética de produções básicas como o arroz, aumentando a velocidade de fotossíntese, assim, se consegue também ume melhoria nutricional dos alimentos e uma maior defesa contra as pragas. A estes organismos dá-se o nome de organismos geneticamente modificados (OGM).

Contudo, apesar de se poder pensar que esta inovação seria recebida entusiasticamente, tal não aconteceu, já que a manipulação genética acarreta grandes riscos ambientais, tais como: a perda de diversidade biológica, diminuição de diversas espécies selvagens e alergias. Depois de lançados na natureza, os efeitos destes organismos são imprevisíveis e difíceis de monitorizar. Assim, muitos ambientalistas se mantêm fiéis ao princípio de precaução, nos casos em que existam dúvidas quanto aos riscos dos OMG. Mas esta nova forma de cultivar os alimentos tem um grande potencial económico e empregador, por isso, não se sabe exactamente qual será o futuro dado a esta descoberta, se por um lado nos trás rentabilidade económica, por outro, não se conhecem as consequências ambientais a longo prazo destas culturas.

Em suma, neste âmbito ainda se aguardam novos estudos e conclusões quanto ao futuro, a fim de se saber se os OMG são uma solução ou um problema.

 

Luísa Esteves

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