sábado, 2 de março de 2013

O Senso Comum

Desde sempre que o Homem tenta arranjar explicações para as coisas que acontecem no seu dia-a-dia e para os fenómenos (que hoje são conhecidos como naturais) na tentativa de os entender e lidar com eles. Esta tentativa de compreensão resulta num conhecimento prático da realidade que permite ao ser humano lidar com as diversas situações que a vida lhe propõe. A este conhecimento prático damos o nome de Senso Comum.
O senso comum é, portanto, o conhecimento vulgar com que, no quotidiano, orientamos as nossas ações e damos sentido à vida.
Porém, com o decorrer dos tempos, a Ciência começou a evoluir e, evidentemente que, começou a dar explicações válidas para os distintos acontecimentos. Para as pessoas entenderem que, a trovoada não era afinal castigo divino, mas sim um acontecimento natural, demorou algum tempo pois a ciência atacava aquilo que as pessoas tomavam como sendo o senso comum. Desta forma, a ciência passou a integrar-se no senso comum.
Quando começou a contagiar-se a doença a que hoje vulgarmente damos o nome de SIDA, pensava-se que esta só afetava homossexuais devido aos seus comportamentos sexuais que eram considerados depravados e completamente reprováveis. Esta "ignorância" face às doenças sexualmente transmissíveis está bastante presente no filme "O Relatório Kinsey" onde podemos comprovar que, no passado, o tema "sexo" era um autêntico tabú em que ninguém expunha as suas dúvidas. Desta forma, e também por não ainda não existir na época uma explicação pelo contágio do vírus HIV, a ignorância das pessoas levava-as a deixarem-se influenciar pelo preconceito. Hoje em dia sabemos que a SIDA é uma doença que se propaga através do sangue e de fluidos sexuais, e que tanto os homens como as mulheres estão sujeitos a serem contagiados. No entanto, o conhecimento ciêntifico, apesar de ter arranjado explicação para o contágio desta doença, não conseguiu abolir o preconceito da mente da sociedade.

Marta Lopes

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