Desde
sempre, o Homem pelos mais variados motivos, como sendo: a guerra, as
migrações, a globalização e as catástrofes naturais, tende a instalar-se em
países e continentes diversos. Hoje, a maior parte das sociedades
industrializadas são culturalmente ricas porque nas suas ruas se encontram
culturas, etnias, línguas, religiões, costumes e tradições dos “quatro cantos
do mundo”, a este fenómeno dá-se o nome de multiculturalismo.
Não
obstante, esta diversidade cultural não gera apenas reacções positivas mas
também muitas bastante negativas e marginalizadoras. Nos últimos anos, tem-se
registado um aumento de manifestações de racismo, caracterizado pela rejeição
de indivíduos pela sua raça ou etnia, e de xenofobia, ou seja, rejeição de
pessoas de nacionalidades diferentes. Outro fenómeno bastante comum é o
etnocentrismo, em que se julgam as outras culturas tendo como ponto de
referência a nossa própria cultura, e assim, partimos do princípio de que os
nossos valores, hábitos e comportamentos é que são correctos e aceitáveis. Esta
atitude, leva-nos a julgar as restantes pessoas como inferiores e a encará-las
com desconfiança e preconceito.
Contudo,
muitas vezes conhecemos culturas que desrespeitam variadíssimos direitos
humanos e liberdades fundamentais e, nesse caso, será normal referirmo-nos a
elas com algum desdém e inconformismo. Aliás, pessoalmente julgo que a
sociedade deve tentar alterar esses costumes, porque ao fazê-lo não desrespeita
essa cultura já que essa atitude pode salvar vidas.
Em
conclusão, era desejável ver a sociedade a encarar o multiculturalismo como um
fenómeno positivo e que nos enriquece mas, todos sabemos, que há um longo
caminho a percorrer para que esse desejo se concretize e é necessário não
esquecer que as mentalidades só mudam a partir de cada um de nós.
Luísa Esteves
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